Quais são as causas de uma guerra cibernética? Entenda o que pode levar a esse evento devastador
Se você não se lembra bem o que é uma guerra cibernética, recomendamos que você comece lendo nosso último artigo. Nele, conceituamos o termo e tudo o que é controverso sobre o uso do termo em cibersegurança.
Mas se você está com a mente fresca, basta lembrar que uma guerra cibernética é prejudicial para todas as partes, e seu impacto vai muito além daquilo que podíamos esperar de um conflito online, causando danos a longo prazo e muitas vezes de lenta recuperação para os governos e sua população.
O primeiro a entender sobre as causas de uma ciberguerra é que elas podem estar ligadas a diversos fatores sigilosos, como o ato de espionagem ou suspeita de fraude partindo de um país específico, razões essas que muitas vezes resultam em ações que demoram para serem identificadas ou isso só ocorre quando já é tarde demais.
Muitos dos ataques documentados ao longo da história, conforme já contamos em um artigo anterior, só tornou-se conhecido quando suas consequências já eram devastadoras a ponto de serem mundialmente noticiados.
Quer o histórico das Guerras Cibernéticas?
A gente sabe como é importante conhecer casos reais para entender melhor o conceito de guerra cibernética, e por isso, preparamos uma linha do tempo com os alguns dos principais eventos dos últimos 10 anos.
A corrida armamentista e as prováveis causas de uma Guerra Cibernética
A corrida armamentista é um termo relativamente novo, sendo possível associar o início da sua história como pertencendo a agosto de 2012, menos de uma década atrás, quando a empresa Saudi Arambco, uma das maiores petroleiras do mundo, foi atingida pelo Shamoon, um malware que deletou todos os dados de cerca de três quartos de sua estrutura computacional, paralisando todas as operações essenciais.
Embora tenhamos história de momentos anteriores e tão intensos quanto este, um detalhe muito peculiar foi encontrado para caracterizá-lo como o início de uma guerra cibernética: os responsáveis deixaram a imagem de uma bandeira americana em chamas na tela de todas as vítimas.
O pior da história é que ela não termina por aqui, pouco tempo depois do malware, os Estados Unidos sofreu com ataques DDoS conta alguns de seus principais bancos, e poucos anos após, responderam o país com outro ataque após comentários públicos do político sionista Sheldan Adenlson, que sugeriu que o governo americano deveria lançar uma arma nuclear contra o Irã.
No meio dessa série de ataques, algo passou a ser comum:
O público passou a ser menos sobre personas altamente estratégicas para tornar-se, na maioria dos casos, apenas um grande número de pessoas – capaz de gerar a atenção e as devidas crises de pessoas e empresas que sofrem um ataque de grande escala
Causas de uma Guerra Cibernética: o que tem a ver com a minha empresa?
Os gatilhos que podem desencadear desavenças entre países podem não ser apenas os assuntos burocráticos de Estado.
Prova disso, ocorreu no final de 2014, quando a Sony Pictures – uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, lançava sua mais nova produção de comédia “The Interview”, que era um filme de baixo orçamento que trazia em sua trama um assassinato contra o ditador norte-coreano Jim Jong-un.
O ataque foi devastador pra empresa, que teve muitos dados comprometidos, sofreu ameaças e vazamento de produções inéditas no mercado, além de todo o buzz gerado em torno do assunto, como isso daqui.
Repare que nesta situação em específico o governo não tinha uma relação direta com o início das provocações, mas a Sony sofreu com o impacto de um ataque patrocinado por um governo após lançar uma produção que de um lado era inofensiva mas do outro foi desrespeitosa.
Muitas empresas podem estar vulneráveis pelo simples fato de estarem na linha de fogo ao serem interessante na causa de impacto, mas imagine também que basta um deslize para a sua empresa soar como agente de provação diante de um país, como um profissional de TI que acessa arquivos não autorizados de algum destino.
De uma maneira geral, basta pensar que o fato de uma empresa aleatória ser atacada, simplesmente porque eles “podem”, pode gerar o interesse de pequenos cibercriminosos, enquanto sistemas mais robustos como financeiro ou serviços essenciais, como redes elétricas, especialmente quando públicos, desafiam a segurança do país atacado.
A grande vantagem e desvantagem dos ataques cibernéticos é que eles podem acontecer totalmente remotamente, e por isso na maioria dos casos não há um tempo considerável entre descoberta do causador ou as motivações do ataque.
O Brasil no cenário da guerra cibernética
Agora que você já entendeu como a guerra cibernética está potencialmente ligada a sua empresa, talvez seja um bom momento pra quebrar o tabu de que o Brasil está longe de sofrer com ataques do tipo.
Na realidade, segundo pesquisa recente – o Brasil estava em 4º no ranking de países que mais sofre ataques todos os anos, atrás dos Estados Unidos, China e Rússia, três potenciais mundiais.
A fonte dos ataques, ao menos os mais recentes, foram especuladas como sendo realizadas a partir de países como Irã, Coréia do Norte, Estados Unidos, China e Rússia, ainda que não exista nenhum tipo de conflito entre esses lugares e o país.
Estar na linha de frente e conscientizar pessoas sobre segurança da informação, ao menos que um pouco, parece o ideal para evitar ao máximo ações que possam representar as causas de uma guerra cibernética.
O Brasil está em uma posição extremamente relevante no cenário das guerras cibernéticas, e isso significa que ela já acontece por aqui, sendo uma responsabilidade do governo investir em medidas de segurança mas também de pessoas e empresas que devem considerar que o sistema público não será eficaz por si só.
Os ciberataques não são “conscientes” e discrimináveis, isso significa que se o sistema de sua empresa for vulnerável a algum ataque, ela sofrerá com as consequências do mesmo, caso não tenha um sistema de proteção.
O seu exército está preparado?
As empresas se proteger contra possíveis conflitos cibernéticos, e para isso, é necessário um conjunto de serviços e conhecimento para garantir a melhor defesa.
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